Da mesma forma que a data é a única coisa que liga todas as informações desconexas em um jornal (Mcluhan), o espetáculo une as pessoas da sociedade. Não une no sentido de aproximação física ou sentimental, une por ser a mídia que mantém, através de imagens sedutoras, a comunicação social achatada. A data no jornal tem propriedades que estão além do jornal em si, mas permeia todas as matérias como uma linha de costura. Da mesma forma o espetáculo amarra cada individuo criando uma malha publica com linhas gerais de pensamentos, crenças e desejos.
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens”.
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens”.
A linguagem do espetacular é bem projetada para se sustentar através da manipulação da opinião massificada com base na seguinte afirmação: “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. Estamos tão acostumados a receber a informação por canais específicos que não averiguamos a veracidade de nada que nos chega através desses canais. Somos induzidos a aceitação passiva, pois o espetáculo é a sinergia que mantém a mensagem interessante aos ouvidos dos preguiçosos.
“Onde o mundo real se converte em simples imagens, estas simples imagens tornam-se seres reais e motivações eficientes típicas de um comportamento hipnótico”.
A sociedade do espetáculo se aproxima muito da Alegoria da caverna, escrita por Platão. Tudo que é apresentado através da linguagem do espetáculo funciona da mesma forma que as sombras projetadas no fundo da caverna, pensamos que estamos diante da realidade. Tomamos a visão por fatos, mas a imagem que vemos está contaminada por essa fantasia. É preciso muito cuidado em separar os fatos da realidade.
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