A globalização impôs profundas mudanças à economia mundial. Agora, como diz Sloterdijk em seu No Mesmo Barco, a sociedade globalizada “não se define através de pátria e solo, mas de acessos a estações ferroviárias, terminais aéreos, possibilidades de conexões. O mundo é uma hiper-esfera conectada”. E a política econômica seguiu o mesmo caminho, o da globalização do capital.
A economia antes baseada no capital nacional e que mantinha o ‘comércio externo’ num plano secundário ultrapassou as fronteiras nacionais para atingir um nível globalizado. Dissipou-se, deixou de se concentrar num único pólo. As empresas, agora multinacionais, se espalham em diferentes paises e continentes sempre me busca de locais onde consigam baixos custos para a produção e grandes lucros nas vendas.
No mundo globalizado, a economia deixa de ser nacional já que todas as partes de uma empresa, todos os seus diferentes setores estão espalhados pelo mundo, de acordo com os interesses e vantagens oferecidas à empresa; seu setor administrativo, por exemplo, pode estar num determinado país e já a indústria em si, onde o produto é feito, pode estar a milhares de quilômetros de distância, em outro continente até, e ainda as lojas que vendem o produto estão espalhadas por todo o planeta. Essa descentralização é marca de uma economia globalizada.
A globalização afeta inclusive indústrias estatais, pouco lucrativas para os atuais padrões internacionais, que acabam privatizadas ou desativadas. Mas, ainda assim, com a privatização dessas indústrias, a internacionalização do capital e a diminuição do poder do Estado, a globalização é em parte dependente do Estado, principalmente no aspecto estrutural, já que grande parte da infra-estrutura é organizada e mantida por iniciativa estatal.
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