segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Globalização

“O conceito do direito mundial de cidadania não os protege (os povos) contra a agressão e a guerra, mas a mútua convivência e proveito os aproxima e une. O espirito comercial, incompatível com a guerra, se apodera tarde ou cedo dos povos. De todos os poderes subordinados à força do Estado, é o poder do dinheiro que inspira mais confiança e por isto os Estados se vêm obrigados - não certamente por motivos morais- a fomentar a paz...” - I.Kant - A paz perpétua, 1795 .
No século XX três tipos de governo para o mundo globalizado disputavam como o que melhor se adaptava para sociedade da época: o comunista, inaugurado com a Revolução bolchevique de 1917 e reforçado pela revolução maoista na China em 1949; o da contra-revolução nazi-fascista que, em grande parte, foi uma poderosa reação direitista ao projeto comunista, surgido nos anos de 1919, na Itália e na Alemanha, extendendo-se ao Japão, que foi esmagado no final da 2ª Guerra Mundial, em 1945; e, finalmente, o projeto liberal-capitalista liderado pelos países anglo-saxãos, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
Primeiro ocorreu a aliança por auto-defesa entre liberalismo e comunismo, depois, a destruição do nazi-fascismo. Os EUA e a URSS se desetenderam começando assim a guerra fria, uma guerra ideológica e uma corrida armamentista e tecnológica que perpetuou durante 42 anos, o que poderia virar uma tragédia se concretizada uma guerra de fato.
Depois do termino da guerra fria, a queda do muro de berlim e a dissolução da URSS.Só restou a hegemonia capitalista, não havendo nenhuma barreira à antepor-se a globalização.
Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial: os Estados Unidos. É a única que tem condições operacionais de realizar intervenções militares em qualquer canto do planeta (Kuwait em 1991, Haiti em 1994, Somália em 1996, Bosnia em 1997, etc..). Enquanto na segunda fase da globalização vivia-se na esfera da libra esterlina, agora é a era do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo.

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