Sociedade do Espetáculo
Entre as décadas de 60 e 70 houve a transição da sociedade de trabalho para a sociedade de consumo, que pode denominar-se Sociedade do Espetáculo. O desenvolvimento tecnológico ocorreu de forma grandiosa a partir da revolução industrial, no século XVIII, com o surgimento da eletricidade, do motor à explosão, da química orgânica etc; possibilitou a difusão da comunicação entre os povos.
A partir da segunda metade do século XX, observa-se uma intensificação do desenvolvimento tecnológico, no qual surgiu e conduziu ao surgimento da sociedade tecnológica. Tal sociedade caracteriza-se, sobretudo, pelo processo de geração de conhecimentos, de processamento de informação e de comunicação de símbolos.
Além disso, a sociedade tecnológica tem como característica marcante, a velocidade na troca de informações. Tal fato faz com que, por exemplo, o capital especulativo seja gerenciado vinte quatro horas por dia, ou seja, as transações financeiras ocorrem em tempo real. Tudo isso só é possível em função das novas tecnologias de comunicação e informação.
As conseqüências da nova organização do capitalismo no cotidiano da humanidade são as mais variadas. Dentre elas, pode-se citar o controle massificado das mentes que se dá fundamentalmente por intermédio dos meios de comunicação, mais especificamente, a televisão. Tudo isto é citado e analisado por Guy Debord no livro Sociedade do Espetáculo.
O espetáculo é a própria sociedade, e torna-se o principal instrumento de unificação social; por meio da imagem se cria a realidade e essa realidade construída realiza a unidade da vida. Isso fica evidenciado na seguinte afirmação de Debord: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.”
Diogo Ribeiro
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