Desde os tempos mais longínquos da filosofia e da ciência a noção de corpo é separada em duas áreas: a alma e a "carne". O pensamento humano sempre foi direcionado para o corpo espiritual e mental, pois achava-se que eram essas as áreas que engrandeciam o ser humano. Os instintos e desejos eram considerados sentimentos que deveriam ser controlados.
Da mesma maneira que a filosofia, muitas outras áreas entendem o corpo como uma ferramenta ou utensílio, algo funcional e não orgânico. A arte, por exemplo, o vê como mero suporte.
Essa ideia prevalece até hoje, na pós modernidade, quando se criou o conceito do corpo sem órgãos: algo vazio, que serve apenas como utilitário, uma tela em branco para ser inserida em contextos tribais: um avatar.
Isso se seu principalmente por causa da influência da tecnologia nas dinâmicas sociais: um corpo não tem a velocidade necessária nem capacidade de armazenamento suficiente para acompanhar estes processos. Isso pode levar a sociedade a uma dependência total das máquinas. Além disso, toda a importância dada aos "avatares" gera patologias como a anorexia e a bulimia, além de vício em cirurgias plásticas e exercícios: estamos na cultura que prega que somos o que parecemos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário