Segundo Agnes Heller, na estrutura da vida cotidiana, o homem já nasce inserido na vida cotidiana, sendo esta, a vida do homem inteiro, ou seja, de todo homem, pois a todos a vivem, sem nenhuma exceção. Ninguém consegue desligar-se inteiramente dela e nem vivê-la intensamente.O homem participa da cotidianidade em todos os aspectos de sua área individualmente, de sua personalidade, colocando em funcionamento todos os seus sentidos, capacidades intelectuais, habilidades, paixões, sentimentos, idéias, etc.A vida cotidiana é, em grande parte, heterogênea, mas igualmente hierárquica. A heterogeneidade é imprescindível para conseguir uma previsão normal da produção e da reprodução da cotidianidade, e o funcionamento rotineiro da hierarquia espontânea é igualmente necessário para que as esferas heterogêneas se mantenham em movimento simultâneo.
A vida cotidiana é a verdadeira essência da substancia social, é a vida do indivíduo, sendo este ao mesmo tempo, um ser particular e um ser genérico, e isso, em sentido natural não o distingue de nenhum outro ser vivo. A particularidade, no caso do homem, expressa não apenas um ser isolado, mas também um ser individual, em que um homem jamais poderá representar ou expressar a essência da humanidade, sendo a unicidade e a inelegibilidade, fatos fundamentais que caracterizam essa particularidade social. O desenvolvimento do indivíduo, é antes de mais nada, função de suas possibilidades de liberdade, pois ninguém é igual a ninguém, ou seja, somos diferentes uns dos outros, temos diferentes personalidades, pensamentos, idéias, etc. O fato de se nascer já lançado na cotidianidade continua significando que os homens assumem como dadas as funções da vida cotidiana e as exercem paralelamente. Em particular, o indivíduo sugeriu a ética como uma necessidade da comunidade social. A ética como motivação (moral) é algo individual, mas não particular; é individual no sentido de ter, mas a liberdade de escolha adotada por nós diante da vida, da sociedade e dos homens. Não podemos analisar a questão da diferença entre esses afetos, pois a confiança é um afeto do indivíduo inteiro e mais acessível à experiência, a moral e a teoria do que a fé, que se fixa sempre no individual, particular. Cada uma de nossas atividades cotidianas faz-se acompanhar por certa fé ou uma certa confiança. Se o afeto confiança adere a um juízo provisório não representa nenhum preconceito o fato de se ter é o caso dos preconceitos, pois é característico da vida cotidiana esse manuseio grosseiro. Não há vida cotidiana sem imitações, jamais procedemos seguindo os preceitos, mas imitamos os outros.
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