terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Alta Tecnologia Brasileira

Um estudo preparado pela ONU, informa que está saindo caro para a economia brasileira a falta de investimentos no setor de inovação tecnológica do País. Segundo a pesquisa, durante a década de 90, o governo liberou o comércio sem que houvesse um forte incentivo à pesquisa.

O resultado, dez anos depois, é o aumento da importação de tecnologia pelas empresas, a queda no número de cientistas e uma pressão negativa sobre a balança de pagamentos diante dos royalties cobrados pelas empresas estrangeiras.
As bolsas de pesquisa também sofreram uma redução de quase 4% por ano", diz Mani. Com a combinação da queda de incentivos para o setor e a abertura da economia para o mercado internacional, a opção preferida pelas empresas nacionais foi importar tecnologia.

Uma prova da queda da atividade científica no Brasil é que durante os anos 90, a participação de produtos de alta tecnologia na pauta de exportação nacional aumentou de 6% para apenas 9% em dez anos. O estudo aponta que, a partir de 2000, o governo reconheceu que o setor precisava ser reformado e tentou corrigir os danos dando incentivos para dez áreas da produção. O problema, segundo a ONU, é que não adianta dar dinheiro se a política de inovação tecnológica foi atingida em seus fundamentos. "Agora não adianta dar recursos depois que as empresas já fizeram acordos de longo prazo com inúmeros países para fornecer a tecnologia que não tinham.

É preciso construir uma política de inovação tecnológica que leve em conta a formação de novos pesquisadores e que incentive as empresas a ter seu próprio departamento de inovação", afirma Mani.
Sem ter a alta tecnologia nas mãos o Brasil sempre será um país dependente e subdesenvolvido.
O economista da Harvard, Jeffrey Sachs, defende que o Brasil deveria estimular a exportação de produtos de alta tecnologia, criticando o fato de o país não estimular a implementação de indústrias deste porte em território nacional e menosprezar os mercados externos.
Não basta somente exportar produtos de maior valor agregado e atrair estas empresas com miragens. É preciso criar uma cultura de ciência e estímulo à tecnologia própria, a qual o Brasil está anos-luz de outros países congêneres. Tudo bem, que precisamos pagar as contas, mas é preciso analisar, a longo prazo, como nós podemos construir um mundo desenvolvido em nosso país.


Caroline Armando Tavares - 07002644

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