quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Michel Foucaul e o Panóptico

Em seu livro Vigiar e Punir Michel Foucaul faz uma análise da “sociedade disciplinar”, termo que ele usa para denominar a sociedade no século XIX que estava sofrendo fortes transformações, principalmente na maneira de exercer o poder, no qual ele defende que é mais eficaz vigiar do que punir. Sugerindo uma verticalização da vigilância, de forma a expor ao máximo o vigiado.

O terceiro capítulo do livro é dedicado a uma análise do Panoptico de Jeremy Bentham. A arquitetura do panóptico, idealizado pelo filósofo utilitarista, consiste em uma construção onde a parte externa é em forma de anel; no centro uma torre; a região periférica é dividida em celas individuais que contem duas janelas, uma que daria para o exterior e outra para a parte interior que vai de encontro com a torre. A disposição das janelas permite que a luz atravesse a cela de lado a lado fazendo com que o prisioneiro possa ser visto por um vigilante que esta na torre, que não pode ser visto pelos prisioneiros.


O panóptico é uma maquina arquitetônica de efeito imediato, no qual o poder é exercido totalmente pela visibilidade; o sujeito se sabendo observado cria um autocontrole. O projeto foi pensado, inicialmente, para uma prisão, mas com o passar do tempo o ele foi incorporado por inúmeras instituições. Hoje esse esquema de vigilância invadiu nosso cotidiano, somos observados e controlados em tempo integral.

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