A sociedade do consumo existe apenas porque ela vende a idéia de ser necessária.
É um ciclo vicioso: a remuneração do trabalhador é poder de compra, o que significa uma maior demanda para as empresas. Para suprir essa demanda cresce a produção, que gera novos empregos que aumentam a demanda, e assim por diante. Essa produção desenfreada provou ter diversos efeitos brutais no cotidiano do trabalhador e cada vez mais se mostra insustentável do ponto de vista ecológico. O consumismo foi um valor criado para ser a mola propulsora da sociedade do trabalho.
Esse enorme contingente de consumidores não é muito exigente “é mais fácil controlar uma multidão do que uma pessoa só”. A produção é massificada, generalizando o consumidor, vendendo sonhos genéricos.
O mercado age como um psicopata, ele procura em nós os desejos e nos vende uma versão piorada de tudo. O mercado cria o mal estar que você tenta suprir com os diversos produtos.
Nossa profunda imersão nesses conceitos nos leva a uma perversão dos princípios básicos. Não consumimos mais apenas um produto, nos apropriamos de suas características como a hóstia se transforma em Cristo, ao comprar um carro sou mais rápido, com um binóculo sou mais predador que uma águia.
O poder aquisitivo de uma pessoa passou a ser a medida do seu sucesso e bom caráter. Uma pessoa vale o quanto ela consome.
O que, alem de ser um absurdo social, gera um grande problema logístico: o que fazer com tanto lixo?
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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