O panoptikon poderia funcionar em diversas instituições, contato que fossem feitos algumas modificações (apesar de seu lugar de teste escolhido ter sido a prisão). Outra vantagem é que este era um projeto de baixo custo e grande eficiência.
Ele era constituído de um edifício em forma de anel, localizado na periferia, e de uma torre, localizada no centro. A torre deveria ter grandes janelas cobertas por persianas, que se abririam para o interior do anel. O círculo seria dividido em células que ocupariam toda a sua espessura e disporiam de duas janelas (uma aberta para o interior e outra para o exterior). Dessa forma, se tem plena visibilidade das células a partir da torre. Por fim, um vigilante é posto na torre e os prisioneiros são colocados no interior das células.
O controle é feito não pela presença e vigilância reais feitas da torre, mas de sua possibilidade. Com medo de ser repreendidos, os prisioneiros se auto-controlariam, e para isso somente a estrutura e um guarda bastariam, ou nem seria necessário ter um vigilante, pois simplesmente seria necessário que os vigiados o imaginassem.
Hoje somos vigiados à todo momento por câmeras de vídeo, que nem ao menos sabemos se estão em funcionamento, mas, assim como o guarda da torre, que não se sabe se vigia ou não, o controle acontece por conta de nossa dúvida.
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