terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Metahollywood

Demônios, deuses, maquinas pensantes e alieníginas encarando-se com heróis movidos, especialmente pela questão do que possa estar oculto por trás de uma realidade compassiva. Nesta temática metafísifca se oculta uma presunção auto-referencial. Filmes como Matrix ou Show de Truman tematizam a própria produção midiática. Podemos pensar que os heróis desses filmes como verdadeiros críticos da mídia.

Enquanto os filmes europeus preocupam-se com o "demasiado humano", Hollywood entra na atual fase metafísica ou auto-referencial. Com a proximidade da tecnologia digital presente no tradicional ramo cinematográfico apagando o seu próprio suporte, ou seja, acabando com sua própria especificidade que a extirpe diante dos outros veículos de comunicação. Talvez nesse momento, Hollywood esteja dando uma resposta à tecnociência que a ataca.

Talvez seja este o propósito da metafísica do cinema comercial presente: ao trazer para as telas a antiga suspeita gnóstica de que o mundo inteligível possa ser uma ilusão e de que uma "metahollywood" de alta tecnologia seja o novo Criador, delatar os remorsos da tecnociência cabalística, o secreto projeto de aliar a indústria cinematográfica com as novas tecnologias.

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