segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A visão do corpo sob uma perspectiva histórica

Atualmente diversas áreas estudam o corpo, mas de forma fragmentada e com um enfoque próprio. A medicina, por exemplo, vê o corpo de maneira mais funcional, enquanto as religiões costumam vê-lo como uma forma de mediação entre a alma, o mundo dos homens, e o mundo pós-morte.
Os antigos gregos pensavam o corpo de forma triádica: alma, razão, e pulsão (desejo/instinto).
Na idade média pensava-se na dualidade entre alma e razão, ou entre alma e corpo (razão mais pulsão).
No renascimento, o homem passa a ter uma visão funcional e mecânica do corpo. Os conceitos de evolução e raça passam entram em pauta. O corpo é visto como algo produtivo.
Atualmente, na pós-modernidade, o corpo é visto como algo superficial, efêmero, há o uso freqüente de próteses. Além disso, o corpo se tornou um mero suporte midiático, ao olhar para um corpo percebe-se as matizes ideológicas do mesmo. Outra característica importante é o fato de que a estética do corpo ganhou uma importância nunca antes vista na história da humanidade. Ao contrário da idade média, quando a alma era o mais importante no corpo de um homem, atualmente o ideal de beleza imposto pela sociedade é o objeto de maior desejo entre seus membros. Não se aspira ser um grande homem, ou ter uma alma pura, mas sim ter um corpo belo(os conceitos de beleza são extremamente rígidos e mudam de estação para estação, além de não respeitar diferenças étnicas e culturais). Em uma sociedade que coloca o exterior muito acima do interior, não ter um corpo de acordo com os rígidos e possivelmente insanos ideais de beleza dessa sociedade é um dos maiores medos de seus membros, pois ser uma pessoa não desejada pelas outras é uma das maiores desgraças que pode acontecer ao homem pós-moderno.

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