Questões como a comunicação de massa e o controle social permearam com bastante regularidade os estudos da Escola de Frankfurt em épocas variadas. Acompanhadas pelo conceito de uma Racionalidade Técnica atrelada à dominação do capital, tais questões cada vez mais voltaram o olhar para os meios massivos estimulados pelo aperfeiçoamento técnico. Fosse no rádio, na mídia impressa, ou posteriormente no cinema ou na televisão, a voz da publicidade se fazia cada vez mais presente e trazia a atenção para o que era publicamente dito, exposto, oferecido ou imposto.
De acordo com Habermas, a comunicação que se dava no espaço público, chamada publicidade, começava a assumir contornos que distorciam sua característica pública, principalmente no que podia ser chamado até então de opinião pública. A comunicação da esfera pública, o aviso ao público e o que era decidido/discutido e colocado à vista para fins públicos (publicado), com o advento da acessibilidade à técnica e aos bens de consumo assumia cada vez um tom homogêneo e estereotipado. A forma pela qual a comunicação para o público tomou traços de opiniões fabricadas e sensos-comuns que consolidam um formato fixo para o que é publicado tem na propaganda, seja por instâncias privadas ou estatais, seu melhor exemplo. A “voz” que emite a opinião sobre o que é melhor para ser consumido, o que é melhor para o cidadão ou para a nação é previsível e respaldada pela veracidade daquilo que é permitido “expor em espaço público”. Se é público é para todos, se é para todos, inevitavelmente essa voz assume o caráter de verdade. O problema da subversão surge quando esta "voz" direcionada ao público, passa a não dar mais nenhum espaço para voz pública em sua concepção original, fenômeno que Habermas irá chamar de re-feudalização, onde a opinião para o público é apenas a do "senhor dominante" que exerce o controle e influencia sobre determinado círculo.
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