A sociedade do consumo se sustenta nas novas necessidades criadas pelos produtores, através de bens e serviços, que oferecem diversas promessas, com o intuito de provocar a ânsia na massa consumidora. Esse processo se realiza com tal velocidade que o consumidor se depara com o surgimento de inúmeros novos produtos e serviços, que se descrevem como “melhores” e mais “atualizados”. Para planejar e produzir esses elementos desejados, o sistema atual de trabalho não se apresenta mais como uma massa trabalhadora, mas é estruturada de uma forma mais especializada e individualizada, ao passo que o consumo é organizado em massa.
Boris Groys realiza uma comparação entre o mundo cinematográfico com o ato de consumir na sociedade, afirmando que tanto quanto o produtor como o poder das trevas consomem um longo tempo de planejamento e de trabalho, enquanto o consumidor e o herói consomem tudo aquilo que foi produzido instantaneamente, satisfazendo o próprio desejo e prazer.
Portanto, o consumidor se acomoda, esperando pelo atendimento das próprias demandas diante do produtor, comportando-se como o senhor, sem a percepção de que se tornara escravo do próprio escravo, ou seja, escravo do consumo.
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