São partes orgânicas da vida cotidiana: a organização do trabalho e da vida privada, o lazer e o descanso, a atividade social sistematizada, o intercâmbio com a realidade.
A possibilidade de alienação existe à medida que as pessoas se envolvem nas atividades rotineiras, não permitindo que se reflita sistematicamente sobre as suas próprias condições na sociedade contemporânea. Em decorrência disso, questões importantes e diversas da vida cotidiana ficam encobertas e desprovidas de reflexões mais aprofundadas. É importante aproximar esse entendimento das instituições educativas que, muitas vezes, são acusadas de levar seus profissionais ao trabalho alienado e dessa acusação pode-se inferir que a vida cotidiana é atingida por uma das dimensões da alienação, que segundo Marx, está associada ao caráter da “objetivação". Nessa objetivação, a docência deixa de ser vital, criadora, prazerosa para se tornar apenas meio de subsistência. "O homem alienado de si mesmo é também o pensador alienado de sua essência“
A vida cotidiana é a vida do indivíduo que é, simultaneamente, particular e genérico. O que caracteriza essa particularidade social são a unicidade e a imprevisibilidade. A dinâmica básica da particularidade humana é a satisfação das necessidades do “eu”. O genérico está contido em todo homem, em toda sua atividade que tenha esse caráter, embora seus motivos sejam particulares. Por exemplo, o trabalho docente é carregado de motivações particulares, mas a atividade do trabalho efetivo, socialmente necessário, é sempre uma atividade do gênero humano, bem como os sentimentos e as paixões. O particular não é nem o sentimento nem a paixão, mas sim seu modo de manifestar-se.
Caroline Armando Tavares - 07002644
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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