Bakhtin diz que “a palavra é um signo ideológico por excelência”, assim nosso discurso esta impregnado de uma consciência de classe.
Desta forma, por exemplo, não podemos dizer que temos um discurso apolítico, pois o simples fato de não querermos discutir política tem por trás uma escolha ideológica. Fazendo uma aproximação grosso modo, Wittgenstein diz: “... se o lugar que eu desejo alcançar pudesse ser alcançado apenas através de uma escada, eu desistiria de tentar chegar lá. Pois o lugar onde eu realmente desejo ir é um lugar onde eu já devo estar.”
Portanto o que Bakhtin diz é que por trás de cada discurso temos uma série de imbricações de ordem social, cultural, histórica que fazem com que cada escolha individual esteja “presa” a esses fatores.
Isso não quer dizer que não sejamos livres. Somos livres dentro de fatores que já estão estabelecidos em nosso meio social. Voltando ao exemplo anterior, o fato de alguém recusar a política, se colocando em uma posição aparte mostra que por trás do seu discurso temos uma escolha de uma não concordância com a política, e por isso mesmo ao se excluir dela esta tendo uma atitude política.
Dentro desta analise do discurso, Foucault vai mais longe “o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder de que queremos nos apoderar”. Desta forma Foucault levanta a questão de que ao analisarmos o discurso podemos observar quais os fatores para seu surgimento e enunciação além de necessitarmos deste para podermos subjugar o outro.
Avançando um pouco nesta idéia do poder que o discurso contém, observamos que a apropriação de discursos serve para dois propósitos que se intercambiam, um deles é a relação de poder que ele trás (como Foucault debate em várias de suas obras, como: Vigiar e Punir, A Ordem do Discurso, etc.), a segunda é uma questão de pertencimento. Observamos que muitas vezes determinados discursos (e neste caso: gírias, moda, crença, etc.) são tomados emprestados por indivíduos que querem pertencer a determinados grupos sociais e culturais. Exemplos disso são as diferentes formas de pensamento que estão sempre “coladas” a uma visão eurocêntrica, que muitas vezes não faz sentido para uma cultura como a nossa.
Portanto precisamos ter a noção de que tudo que pensamos e falamos está ligado a uma ideologia, que através de diversos fatores é assim formulado.
Desta forma, por exemplo, não podemos dizer que temos um discurso apolítico, pois o simples fato de não querermos discutir política tem por trás uma escolha ideológica. Fazendo uma aproximação grosso modo, Wittgenstein diz: “... se o lugar que eu desejo alcançar pudesse ser alcançado apenas através de uma escada, eu desistiria de tentar chegar lá. Pois o lugar onde eu realmente desejo ir é um lugar onde eu já devo estar.”
Portanto o que Bakhtin diz é que por trás de cada discurso temos uma série de imbricações de ordem social, cultural, histórica que fazem com que cada escolha individual esteja “presa” a esses fatores.
Isso não quer dizer que não sejamos livres. Somos livres dentro de fatores que já estão estabelecidos em nosso meio social. Voltando ao exemplo anterior, o fato de alguém recusar a política, se colocando em uma posição aparte mostra que por trás do seu discurso temos uma escolha de uma não concordância com a política, e por isso mesmo ao se excluir dela esta tendo uma atitude política.
Dentro desta analise do discurso, Foucault vai mais longe “o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder de que queremos nos apoderar”. Desta forma Foucault levanta a questão de que ao analisarmos o discurso podemos observar quais os fatores para seu surgimento e enunciação além de necessitarmos deste para podermos subjugar o outro.
Avançando um pouco nesta idéia do poder que o discurso contém, observamos que a apropriação de discursos serve para dois propósitos que se intercambiam, um deles é a relação de poder que ele trás (como Foucault debate em várias de suas obras, como: Vigiar e Punir, A Ordem do Discurso, etc.), a segunda é uma questão de pertencimento. Observamos que muitas vezes determinados discursos (e neste caso: gírias, moda, crença, etc.) são tomados emprestados por indivíduos que querem pertencer a determinados grupos sociais e culturais. Exemplos disso são as diferentes formas de pensamento que estão sempre “coladas” a uma visão eurocêntrica, que muitas vezes não faz sentido para uma cultura como a nossa.
Portanto precisamos ter a noção de que tudo que pensamos e falamos está ligado a uma ideologia, que através de diversos fatores é assim formulado.
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