terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bakhtin e a polifonia politica?

referente a |aula_ 20/out|

Em uma sociedade democrática cada vez mais as opiniões tem valor, vivemos no que se chama hoje, polifonia política. A opinião ao mesmo tempo que é formadora dos demais poderes, também é um poder, o quarto, vindo logo depois do legislativo, executivo e judiciário.

Bakhtin nos diz que “a consciência individual é sócio ideológica”. É a partir dessa consciência que vamos formando nossas opiniões, dependemos então claramente da sociedade onde nascemos, e das escolhas que fazemos, e que por conseqüência acabam por nos “fazer” (lembrei-me agora de Agnes Heller, que diz que o conhecimento da vida está relacionado também as experiências).

A consciência portanto diferentemente do que algumas linhas filosóficas e psicológicas acreditam não é fechada, como nos diz Francisco Saraiva de Sousa em seu blog “A consciência não é um reino interior fechado e divorciado das relações sociais; pelo contrário, a consciência é o intercâmbio activo, material, semiótico, do sujeito com outros sujeitos e, tal como a linguagem, é simultâneamente «interior» e «exterior» ao sujeito.”

Nesse sentidos temos Hegel defendendo que para se ter a consciência do Eu e o reconhecimento do Outro, é preciso primeiro criar do consciência do “de si”e do “para si”. Sendo toda comunicação mutua.

Para terminar deixo uma frase do filme “Smoking” (de Alan Resnais, indicado pela professora Jane de Almeida), no hotel um dos personagens principais chama o garçom, sua mulher pergunta o que ele quer, e então vem a resposta “Um jornal, não consigo ficar sem um jornal. Me fascina toda essa gente que luta para impor sua opinião. Acho que com a velhice ou nos tornamos tolerante e acatamos opiniões de todos,(...) ou não concordamos com ninguém, o que é mais atraente.”

Thais Denardi _07002714

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